sexta-feira, 28 de julho de 2017

Lula, o mais rejeitado nas eleições 2018


O mais rejeitado

Levantamento do instituto Paraná Pesquisas revela que Lula é o mais reprovado pela população com 55,8%, o que inviabilizaria uma vitória num segundo turno em 2018. A não ser que os adversários sejam Alckmin e Bolsonaro, com rejeição de 54,1% e 53,9%. Neste caso, a eleição estaria em aberto

Exclusivo/ Paraná Pesquisas

Na eleição ao governo de São Paulo, em 1998, Paulo Maluf era a personificação do oponente ideal. Dono de uma insuperável rejeição entre os paulistas, Maluf batia todos os adversários no primeiro turno, mas – era sabido de antemão – o candidato seria presa fácil na segunda etapa do pleito. Quem conseguisse superar a barreira do primeiro turno e conquistasse o direito de enfrentá-lo no segundo, saborearia os louros da vitória. Não deu outra. Mário Covas, do PSDB, foi eleito governador na disputa derradeira contra Maluf com 9,8 milhões de votos – 55% a 44%. O ex-presidente Lula caminha para ser o Maluf de 2018. Levantamento do instituto Paraná Pesquisas feito com exclusividade para a ISTOÉ revela que o petista é rejeitado por 55,8% da população. Por isso, Lula tem tudo para personificar o adversário dos sonhos num segundo turno. Ou seja, aquele moldado para perder, a despeito de ser o único praticamente assegurado numa segunda fase da eleição – claro, se conseguir escapar da condenação e homologar sua candidatura.
O mais surpreendente, no entanto, no levantamento da Paraná Pesquisas, é que Lula não é o único a assumir essa condição de possível “candidato destinado à derrota” num segundo turno. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) também são potenciais candidatos a experimentar o mesmo infortúnio. Alckmin registra 54,1% de reprovação, enquanto Bolsonaro 53,9%. Ou seja, mesmo numa hipotética disputa de segundo turno em 2018 contra Lula, hoje o nome mais rejeitado pela população, tanto Alckmin quanto Bolsonaro correm sérios riscos. “Se Lula, Alckmin e Bolsonaro não conseguirem reduzir a rejeição, dificilmente ganham a eleição de 2018. E se Alckmin ou Bolsonaro forem os adversários de Lula num segundo turno, tudo pode acontecer. Até a vitória de Lula”, afirmou Murilo Hidalgo, diretor do instituto.
FONTE:Revista ISTOÉ