domingo, 25 de março de 2018

CEO das Lojas Riachuelo e líder do Brasil 200, Flávio Rocha admite que poderá concorrer à Presidência


A poucos dias na cidade de Parelhas, Rio Grande do Norte, durante um evento que contou com cerca de 4 mil pessoas, Flávio Rocha, o líder do Movimento Brasil 200 e CEO das Lojas Riachuelo, admitiu que poderá concorrer à corrida presidencial nesse ano.
Em meio aos gritos de “Brasil para frente, Rocha presidente”, o empresário e ativista disse: — Se por acaso acontecer (uma candidatura à Presidência), sou soldado, e com o apoio, energia, e solidariedade de vocês, farei o possível para mudar (o Brasil).
Por onde passa, o Brasil 200 – idealizado para reunir o empresariado na defesa de uma agenda liberal que pretende o desenvolvimento, a desburocratização e a redução do Estado – está cativando um grande público e já conta com núcleos espalhados pelo país inteiro. — Temos que botar o nosso bloco na rua. Vamos destravar a economia. O governo tem que ajudar, e não atrapalhar —, declarou.
Rocha ainda não está filiado a nenhum partido mas já possui propostas, como o plano de segurança nacional apresentado na semana passada os congressistas em Brasília e lançado oficialmente em uma coletiva no Rio de Janeiro. A pautas principal do projeto são alterações na legislação penal para o endurecimento de penas criminais.
Além de amplo apoio empresarial, também conta com o apoio do Movimento Brasil Livre, por levantar uma agenda similar as pautas defendidas pelo movimento. Desde que “saiu da moita”, o empresário recebeu diversos ataques da extrema-esquerda. O mais recente foi na quinta, 8, quando integrantes do MST tentaram impedir o trabalho dos funcionários de uma fábrica da Riachuelo em Natal, RN. Flávio respondeu à ofensiva classificando os invasores como terroristas e vagabundos.
BRASIL 200
“Chegou a hora de uma nova independência”, disse Flávio Rocha no dia 17 de janeiro desse ano, durante a leitura de um manifesto que ocorreu por volta das 18:30, o dia do lançamento do “Movimento Brasil 200”, em Nova York, EUA.
Se trata de um grupo formado por alguns dos mais destacados empresários do país, o discurso oficial se deu durante a maior feira de varejo do mundo.
O nome é uma referência ao aniversário de 200 anos da Independência do Brasil, em 2022, data que coincide com o fim do mandato do próximo presidente da República. Rocha convocou os empresários a defenderem uma agenda comum de desenvolvimento para o país. “2022 começa em 2018. Os 200 anos do Brasil começam aqui e agora. Em quatro anos não é possível fazer tudo, mas é possível fazer muito”, defendeu. 
Para o empresário do setor têxtil, passamos por um “período nefasto de quase quinze anos, em que uma quadrilha saqueou o Brasil, aparelhou as instituições, usou bancos e obras públicas para enriquecimento privado numa proporção jamais vista”.
Ele apontou a “famigerada e insana Nova Matriz Econômica”, de 2009, como origem do “buraco que ainda levaremos muitos anos para sair”.
A única saída, segundo Rocha, é o livre mercado. “Agora é hora de mostrar que é possível um outro caminho. O próximo presidente governará o país de janeiro de 2019 até o final de 2022. Numa dessas coincidências mágicas, 2022 é exatamente o ano em que o país completará 200 anos do dia em que, às margens do Ipiranga, Pedro I deu o grito que tornou o Brasil uma nação independente de Portugal.”
E convocou os presentes: “Quero sugerir a todos vocês que chegou a hora de uma nova independência: é preciso tirar o Estado das costas da sociedade, do cidadão, dos empreendedores, que estão sufocados e não aguentam mais seu peso. Chegou o momento da independência de cada um de nós das garras governamentais”.
“Chegou a hora de pararmos de ser parte do problema e virarmos parte da solução”, defendeu. “O Brasil 200 só tem um dono: o povo”.
O CANDIDATO “ÓBVIO”
Desde o lançamento do movimento, Flávio têm sido questionado sobre o candidato ideal para o momento em que o Brasil se encontra. A resposta recorrente é a de que falta o “candidato óbvio”, que seria alguém liberal na economia e conservador nos costumes.
— O que a gente está vendo é que o quadro está cada vez mais nebuloso. A fórmula da prosperidade é conjunção de liberdade política com liberdade econômica. Nós precisamos de um liberal na economia e um conservador nos costumes. O discurso liberal na economia é a grande solução para consertar o País depois de eleito, mas o que ganha a eleição é o discurso dos costumes, o contraponto ao marxismo cultural. — disse em entrevista ao Estadão.
Parece que, no fim das contas, Rocha terá de ser ele próprio o candidato óbvio que esperava aparecer.
Fonte: O Diário Nacional